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Cuiabá sem comida e sem notícia

7 de janeiro 1921 - Greve no porto de Corumbá isola Cuiabá Paralisação dos trabalhadores no porto de Corumbá que já dura mais de um mês e uma super enchente no rio São Lourenço, que interrompeu as comunicações com a capital, isolaram Cuiabá. A crise tem repercussão em todo o Brasil, aqui resumida pelo  Jornal do Commercio , do Rio de Janeiro: " Há cerca de um mês todo o pessoal da navegação declarou-se em parede, estando amarradas embarcações em Corumbá e suspensas assim as comunicações com Cuiabá. O governo do Estado tem procurado conciliar os paredistas com os armadores, mas até agora sem resultado positivo. É difícil a situação, pois isolando a capital, está criando embaraços de toda a ordem ao comércio e à população. A extraordinária enchente do rio São Lourenço interrompeu as comunicações telegráficas com o sul do Estado, havendo aqui cerca de oitocentos despachos que não podem seguir o seu destino. O general Rondon, que visitou a zona de interrupção, comunica que é impossíve
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Doentes e cadáveres abandonados na rua

7 de janeiro 1887 – Epidemia de cólera em Corumbá Relatório do presidente da Câmara Municipal, Antônio Antunes Galvão, aos demais vereadores, aponta a principal causa da cólera que ataca a população da cidade e revela números da tragédia : “Há muito a nossa cidade precisa de saneamento que não se tem podido realizar. Pelo obituário comparado ao Rio de Janeiro, cidade taxada de pestilenta, vê-se que aqui morre sempre 8 a 10 vezes mais que naquela cidade”. A propósito, a historiadora Lucia Salsa Correa, observa: No período de 1867, ocasião da retomada de Corumbá, até o ano de 1920 a cidade padeceu com o surgimento de 34 epidêmicos, dos quais a Varíola foi a mais frequente, malgrado as campanhas e os esforços quase sempre infrutíferos das autoridades municipais. A desastrosa epidemia de cólera em Corumbá (1886/1887), por exemplo, conforme detalhados relatórios do então presidente da Câmara Municipal, provocou uma profunda crise em todos os setores da cidade, desenvolvendo-se de forma avas
  6 de janeiro 1910 - Padeiros em greve, em Corumbá Reclamando o direito de folgar aos domingos, trabalhadores em padarias em Corumbá fazem greve de protesto. A notícia de última hora é dada pelo jornal O Brazil: FONTE : O Brazil (Corumbá) em 6 de janeiro de 1910.  PARA COMPRAR O SEU EXEMPLAR CLIQUE AQUI !

Morre o barão de Antonina

Morre aos 93 anos em São Paulo, em 18 de março de 1872,  João da Silva Machado, o barão de Antonina. Um dos fundadores do Estado do Paraná e senador por esse Estado desde 1854, seu falecimento provocou o maior pendenga jurídica, visando seu riquíssimo virtual espólio fundiário, que abrangia praticamente todo o Sul de Mato Grosso: seus herdeiros contra o Estado. Estes de posse de escrituras, declarações ou de qualquer prova tentando reaver propriedades das quais seu antigo suposto dono em verdade as requereu, mas nunca tomou posse, e o Estado, no governo de Pedro Celestino, atendendo o interesse público e o direito dos atuais proprietários.  A questão Antonina  teria desfecho apenas 25 anos depois com a derrota dos herdeiros do barão na justiça.  FONTE : J. Barbosa Rodrigues,  História de Mato Grosso do Sul , Editora do Escritor, São Paulo, 1985, página 100.

Frei Mariano reassume igreja em Corumbá

Procedente de Cuiabá, onde foi nomeado vigário de Corumbá, chega à cidade, em 23 de fevereiro de 1870, frei Mariano de Bagnaia. Seu retorno ao Sul do Estado, foi noticiado no Rio de Janeiro: MATO GROSSO - Comunicam-nos de Corumbá, que àquela vila chegara no dia 23 de fevereiro p.p. o missionário apostólico Frei Mariano de Bagnaia. O ilustre missionário teve uma recepção estrondosa. Desceu ao porto o batalhão com toda sua oficialidade e música e rodeado de imenso povo a recebê-lo. A alegria e o júbilo enchiam todos os corações e se manifestavam em todos os semblantes pelo feliz regresso do incansável missionário. Altos juízos de Deus! cinco anos antes, da vila de Miranda, hoje arrasada e deserta, o mesmo missionário escoltado por 25 soldados paraguaios era levado prisioneiro para o Paraguai, onde sofreu um longo e cruel martírio! Cinco anos depois, na vila de Corumbá era Frei Mariano escoltado por 25 músicos de batalhão que o recebiam em triunfo! "...Cum ipso sum in tribu

Morre o Marechal Rondon

                         Aos 92 anos falece no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, patrono brasileiro das comunicações. Mato-grossense de Mimoso, foi o responsável pela extensão da rede telegráfica de Cuiabá a Bela Vista, passando por Coxim, Aquidauana, Miranda, Corumbá, Forte Coimbra e Porto Murtinho e Norte do Brasil. Fundou e foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio. Em Campo Grande, uma das principais ruas da cidade, tem o seu nome. A maior cidade do Sul de Mato Grosso, Rondonópolis, também venera sua personalidade. Rondon é o único brasileiro homenageado com a denominação de um Estado: Rondônia.¹ O presidente Juscelino Kubtscheck, ao tomar conhecimento de seu falecimento, fez a seguinte manifestação: O marechal Rondon é o símbolo dos pioneiros que construíram o Brasil. O seu nome está na consciência dos brasileiros e no mapa nacional, onde Rondônia o imortaliza. Bandeirante dos sertões, amigo desvelados d

O primeiro jornal do Corumbá

Inicia circulação em Corumbá em 18 de janeiro de 1877, o primeiro jornal editado nessa cidade e da região sul de Mato Grosso. Trata-se de O Iniciador, órgão "comercial, noticioso e literário, impresso em quatro colunas, era de propriedade e redação de Silvestre Antunes Pereira Serra, tendo como diretor técnico e editor o cidadão Manuel Guimarães. Abria a primeira coluna o calendário da semana, com indicação das fases lunares. O Iniciador era impresso em prelo Marinoni (aliás o primeiro introduzido em Mato Grosso) tendo sido todo o material tipográfico adquirido em Assunção do Paraguai". FONTE :  Estevão de Mendonça,  Datas Matogrossenses , (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.