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Mostrando postagens de agosto, 2017

Morre Antonio Maria Coelho, o herói da retomada de Corumbá

Aos 66 anos falece, em Corumbá, em 29 de agosto de 1894, o marechal Antonio Maria Coelho, herói da retomada de Corumbá na guerra do Paraguai. Nascido em Cuiabá, no exército desde 1839, onde assentou praça como voluntário, em 1847 foi promovido a alferes. Tenente em 1855, capitão em 1860, major e tenente-coronel em comissão em 1867, coronel em 1875, brigadeiro em 1888 e general de divisão 1890, foi reformado no posto de marechal.  Com o barão de Melgaço participou das explorações territoriais ao Sul de Mato Grosso, antes da guerra do Paraguai; herói de guerra, comandou as tropas brasileiras na  retomada de Corumbá  aos paraguaios; integrou a comissão encarregada pelos limites entre Brasil e Paraguai, depois da guerra; e em 1889, é nomeado pelo governo provisório do marechal Deodoro, primeiro governador do Estado, da era republicana. FONTE : Estevão de Mendonça,  Datas Matogrossenses , 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 117. FOTO : monumento ao marechal Antoni

Frei Mariano é libertado de presídio no Paraguai

Prisioneiro de guerra, desde o início do conflito com o Paraguai, frei Mariano de Bagnaia é libertado pelas forças brasileiras de ocupação. Preso em Miranda a  22 de fevereiro de 1865 , no início da guerra do Paraguai, frei Mariano de Bagnaia é  “levado para Nioaque, para as margens do rio Apa e dali para Assunção onde já se encontrava encarcerado seu colega frei Ângelo Caramânico. O frei Mariano foi por ordem superior encerrado numa casa velha, há muito tempo abandonada, sob cujo assoalho as cobras tinham feito seus esconderijos. Deram-lhe por cama um catre velho e nojento, infectado por uma infinidade de percevejos, pulgas e outros insetos. De Assunção foi removido para Ascura na Cordilheira e depois transportado para o presídio de Caacupê. E por fim frei Mariano de Bagnaia foi removido para o presídio de Parrero Grande. Em 16 de agosto de 1869 foi libertado pelo exército brasileiro”.  Em sua volta a Mato Grosso, frei Mariano assume a paróquia de Corumbá, sendo a construção d

Escrava compra liberdade de filho fugido

Tendo fugido seu filho, também escravo, de Corumbá, provavelmente para a Bolívia, mãe compra, em 10 de outubro de 1881, sua liberdade, de acordo com as leis em vigor, nos termos da seguinte carta de alforria: Registro de uma carta de liberdade Saibam quantos este registro virem, que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos oitenta e um, aos três dias do mês de novembro, nesta cidade de Corumbá, compareceu a escrava Claudina, reconhecida pela própria de mim, do que dou fé,m e por ela me foi pedido o registro da carta Judicial de liberdade de seu filho Abel, a qual é do seguinte teor: Ao doutor Hermes Plínio Barba Cavalcanti, Juiz Municipal desta cidade e seu termo, na forma da Lei - Faz saber aos que a presente carta de liberdade virem, que tem a escrava, Claudina de propriedade do negociante Thiago José Mongini, apresentado a quantia de duzentos mil reis, como pecúlio de seu filho Abel, pertencente à massa falida de Germano Levandossisk, quant

Baronesa tem concessão para explorar ferro e manganez em Corumbá

Pelo decreto n° 6273, de 2 de agosto de 1876, o governo imperial dá concessão à viúva baronesa de Vila Maria para explorar ferro e outros metais na sua propriedade de Piraputangas e São Domingos, em Corumbá. Esse foi o resultado das idas e vindas do latifundiário  Joaquim José Gomes da Silva, o  barão de Vila Maria, ao Rio de Janeiro, desde 1870, onde o proprietário da antiga fazenda das Piraputangas fora ao governo "tratar de ver os meios de desenvolver a mineração do ferro na sua propriedade, refere-se às camadas de itabirito dos arredores de Corumbá e diz ter colhido do leito do Piraputangas amostras de ferro e manganez". O Barão de Vila Maria, de volta da Corte, faleceu em viagem, cabendo à viúva, dona Maria da Glória, a concessão, sucessivamente prorrogada em 1878 e 1882. FONTE : Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa,   Oeste de São Paulo, Sul de Mato Grosso , Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010, página 110.