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Mostrando postagens de maio, 2017

Assembleia Legislativa do Estado muda-se para Corumbá

Pressionados pelo presidente Caetano de Albuquerque (foto), a quem tentam cassar seu mandato por questões políticas, os deputados decidem mudar o legislativo de Cuiabá para Corumbá, passando a funcionar no edifício da intendência municipal. A sessão inaugural é presidida pelo deputado Francisco Pinto, que justificou o caráter extraordinário do funcionamento do poder: A convocação que tive a honra de dirigir ontem aos meus honrados colegas, convidando-vos para prosseguirmos os nossos trabalhos neste alegre e próspero recanto do solo mato-grossense, tem a dupla significação de um protesto e de um triunfo. É um protesto dos mais veementes contra a selvageria de que fomos vítimas na trágica noite de 24 de setembro, contra a desordem sistematicamente organizada pelos diretores intelectuais do partido republicano mato-grossense, com a conivência criminosa do presidente do Estado. E é um triunfo porque representa a vitória da lei e da ordem, reintegradas pelo mais alto tribunal d

Crime entre irmãos abala Corumbá

Crime ocorrido a 20 de outubro de 1948, em Jacadigo, na fronteira com a Bolívia, abalou a população de Corumbá e teve repercussão nacional. Três irmãos solteiros, da família Velasquez, assassinaram Ramon Velasquez (foto), o irmão casado, com 18 tiros, no sítio onde este morava, numa disputa por terras. A notícia, publicada nos jornais da cidade e do Estado, foi destaque no Diário da Noite¹, do Rio de Janeiro:  Segundo Felipe Velasquez, neto da vítima, os irmãos homicidas foram inocentados, alegando legítima defesa, "apesar de ser pública e notória a prática do crime".² FONTE:  ¹Diário da Noite (RJ) 27 de outubro de 1948; ²Felipe Velasquez, entrevista ao blog em 20 de maio de 2017 FOTO : acervo de Felipe Velasquez (Album de Família)

Nasce em Corumbá, Oliva Enciso, a primeira mulher eleita deputada no Estado

Pantaneira da fazenda Taquaral, em Corumbá, nasceu a 17 de abril de 1909, Oliva Enciso. Filha de Santiago Enciso e Martinha Enciso, fez seus primeiros estudos no Colégio Maria Leite e no colégio das Irmãs em Corumbá. Com a morte do pai, em 1923, muda-se para Campo Grande e continua a estudar, matriculando-se no Colégio Spencer. Em 1925 é admitida no Insituto Pestalozzi. Em 1929 é aprovada no vestibular de Medicina da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas não concluiu o curso e retornou a Campo Grande, em 1932 e cursou Farmácia. Em 1938 concluiu o curso de normalista na Escola Normal Dom Bosco.  No início da década de 50, assume em Mato Grosso a direção da Campanha Nacional dos Educandários Gratuitos (CENEC) e criou e dirigiu por muitos anos a Sociedade Miguel Couto dos Amigos do Estudante, por onde passaram mais de dez mil crianças e adolescentes.  Na política, filiada à União Democrática Nacional (UDN), elegeu-se vereadora em Campo Grande em 1954, sendo a mais votada

JK inaugura fábrica de cimento de Corumbá

Governador João Ponce, presidente JK e Jorge Oliva, presidente da empresa O presidente Juscelino Kubitschek foi o principal convidado da direção da fábrica de cimento de Corumbá ao ato de inauguração da empresa em Corumbá, ocorrido em 25 de abril de 1957. O evento histórico foi alvo de reportagem da revista Brasil-Oeste: No avião "Viscount", recentemente adquirido para as viagens presidenciais, o presidente Juscelino Kubitscheck seguiu na manhã de 25 de abril p.p. para a cidade de Campo Grande, de onde se transferiu para um "Douglas" que o conduziu a Corumbá. O chefe do Governo fez essa viagem para inaugurar a fábrica da Companhia de Cimento Portland Corumbá, na cidade do mesmo nome, e visitar a Base Naval de Ladário. Antes de regressar ao Rio de Janeiro, o presidente da República esteve em Belo Horizonte, onde pernoitou, para no dia seguinte proceder à inauguração de um cabo aéreo de 40 quilômetros, que transportará calcário da mina à fábrica de cimento em Mi

População constrói praça pública em Corumbá

Praça central de Corumbá O tenente Manoel de Oliveira Braga, através de subscrição pública, consegue levantar, em 24 de julho de 1897, a quantia de 405$000 destinada à construção de um jardim público em Corumbá. “Com esta importância aumentada de outras coletas – informa Estevão de Mendonça – o tenente Oliveira Braga fez construir no centro da praça um modesto coreto, que pouco a pouco foi destruído pela ação do tempo. A ideia, porém, estava lançada e anos decorridos a municipalidade chamou a si a execução desse melhoramento. A planta primitiva fora levantada pelo engenheiro Gregório Gonzalez”. FONTE : Estevão de Mendonça,  Datas Matogrossenses , 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973. FOTO : reprodução do CorreiodeCorumbá.com.br

Fugindo da guerra, barão de Vila Maria chega ao Rio

Em 21 de fevereiro de 1865 chega ao Rio, com a família o pecuarista Joaquim José Gomes da Silva, Barão de Vila Maria, proprietário da fazenda Firme, no município de Corumbá. O barão fugia da guerra do Paraguai, que chegara a Corumbá nos primeiros dias desse ano. O Diário do Rio de Janeiro faz o registro: "Chegou ontem a esta corte o sr. Barão de Vila Maria, trazendo 29 dias de viagem de sua fazenda à margem do Paraguai, no distrito de Corumbá. Esta rápida viagem feita pelo sr. barão de Vila Maria, que trouxe consigo sua família, foi determinada não só pelo desejo de vir entender-se com o governo a respeito dos negócios da sua província, como também pela necessidade de salvar-se a si e à sua família. O sr. barão só tem conhecimento das ocorrências havidas entre 26 de dezembro e o dia 3 de janeiro. Confirmam-se as notícias sobre a tomada de Coimbra e sobre a crueldade dos paraguaios. Infelizmente, porém, que reformar o nosso juízo sobre a defesa do forte de Coimbra. Parece

Corumbá saqueada e uma exposição macabra na capital paraguaia

Ocorrida em 3 de janeiro de 1865, as primeiras notícias da invasão de Corumbá, com algum grau de credibilidade, passaram a ser publicadas pela imprensa brasileira somente a partir do final de janeiro de 1865. Os jornais do Brasil, valendo-se de conexão com a imprensa argentina, passaram a circular com as notícias da guerra em território sul-matogrossense. Numa dessas notícias, o Diário do Rio de Janeiro, com informação de  La Nacion , da Argentina, sintetizou a ação do exército paraguaio depois de apoderar-se da vila: "A invasão de Corumbá foi uma série de feitos escandalosos. O comandante, nomeado para esse ponto, ordenou o saque aos soldados. Todas as casas foram abertas à força bruta, e tudo quanto nelas existia foi conduzido para o quartel, onde em em presença do dito chefe, repartiu-se uma parte pela tropa e oficiais e outra parte foi transportada para um navio com destino a Assunção. Nesta fúria nem os próprios estrangeiros escaparam. As bandeiras das diversas naçõe

Militares empastelam jornal em Corumbá

Máquina impressora de jornais no final do século XIX É assaltada em 25 de maio de1879 a tipografia do periódico O In iciador , jornal que se publica em Corumbá. O atentado é atribuído, segundo Rubens de Mendonça, “a oficiais e praças do terceiro regimento estacionado naquela localidade, por desavenças entre comerciantes portugueses, cuja causa supunha-se patrocinada pelo dito periódico e alguns militares pouco ordeiros que, com o apoio de outra gazeta, haviam exacerbado essas desavenças. O fato revestia-se de muita gravidade, pois que além da audácia com que fora praticado, invadindo um grupo armado de espada e revólveres, um estabelecimento dessa ordem, o primeiro da província, e onde residem os familiares dos proprietários, acresce que semelhante fato mais que tudo, exprimia o iminente perigo que corria a segurança pública, quando a exacerbação dos ânimos, que já se notava, poderia trazer como consequência um conflito sério entre militares e os comerciantes portugueses e seus

Igreja de Ladário: colocada a pedra fundamental

Em cerimônia dirigida pelo frei Mariano, vigário de Corumbá, realizada em 30 de novembro de 1884 foi colocada a pedra fundamental da igreja Nossa Senhora dos Remédios, Ladário, então distrito de Corumbá. A história do ato solene é contada em ata, publicada no semanário O Iniciador (de Corumbá) em 25 de dezembro de 1884, a qual reproduzimos: 

Criado o hospital de misericórdia de Corumbá

Santa Casa de Corumbá em foto do início do século XX Por iniciativa do farmacêutico Manuel da Silva Pereira é criada em 8 de novembro de 1903, a Sociedade de Beneficência Corumbaense, conforme a seguinte ata: Aos oito dias do mês de novembro de 1903 a convite do farmacêutico Manuel da Silva Pereira, reuniram-se os abaixo assinados no salão da Câmara Municipal desta cidade e exposto pelo referido farmacêutico o fim da reunião, a qual consistia na fundação de um hospital de misericórdia foi essa idéia unanimimente aprovada, prometendo todos cooperarem para a realização de tão humanitária instituição. Pelo sr. Manuel da Silva Pereira, que presidiu a reunião, foi apresentada uma subscrição que previamente aberta por ele, a qual já monta mais dois contos de réis, tudo ainda a arrecadar. Deliberou-se em seguida para início dos trabalhos fosse organizada uma comissão de três membros, sendo aclamados os nomes seguintes: comendador Henrique Augusto de Santana, coronel Salvador Augu

Chegam a Corumbá os primeiros navios brasileiros

    Restabelecida a navegação do Rio Paraguai, com a ocupação de Assunção pelas forças aliadas em 5 de janeiro de 1869, chega a Corumbá, no dia 25, com destino à Cuiabá, a primeira frota brasileira, composta das seguintes embarcações: Henrique Martins, Fernando Vieira, Henrique Dias, Felipe Camarão e Ivay. A frota deixou  a capital paraguaia em 15 de janeiro, sob o com a nd o do 1° tenente Manoel José Alves Barbosa. Em Corumbá foi recebido p elo tenente-coronel Antonio Maria Coelho, coman dante do  d istrito  m ilitar. Os detalhes estão no relatório do tenente aos seus superiores: "Ja neiro 25 -  Às 5 horas da manhã suspenderam os navios. A  1 hora da tarde passaram em frente da vila de  Albuquerque. Em um rancho que aí existe no porto, e onde, como depois constou-nos, deviam achar-se algumas praças pertencentes ao destacamento de Cor umbá,  nem uma só pessoa foi vista. O i nespera do aparecimento dos vapores, antes que houvesse tempo de reconhecer a bandeira naci

O primeiro trem do Pantanal

Em 9 de maio de 1909, deixa Porto Esperança, então  ponto terminal da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a primeira locomotiva a serviço da ferrovia. A  alvissareira notícia é dada pelo Correio do Estado (de C orumbá) em sua primeira edição: FONTE :  Correio do  Estado (Corumbá) 12 de maio de 1909. FOTO:  blog do Assis Oliveira.

Doentes e mortos abandonados nas ruas agravam epidemia de cólera

Desde o tempo da ocupação pelo Paraguai, a população vem sendo dizimada com inúmeras epidemias, sobrelevando-se a varíola e a cólera. Problemas com o abastecimento de água e saneamento básico são seguidamente reclamados pelas autoridades, que consideram como origem da contaminação a “falta de manutenção e controle das condições sanitárias do porto, onde atracavam embarcações de diversas origens e procedências”. As causas do agravamento das epidemias, caso da de cólera, verificada em 1886 e 1887, “parecem ter sido o abandono de doentes pobres pelas ruas e até de cadáveres, a falta de medicamentos e de hospitais mesmo provisórios, além das fugas em massa da população para os campos, o que causava maior descontrole sobre a doença e os óbitos”, consoante ofício do médico Manoel Joaquim dos Santos ao vice-presidente em exercício da Câmara Municipal, em 8 de dezembro de 1886, onde relata as causas do agravamento da epidemia de cólera que assola a cidade: “Os mortos e os doentes (..

Aprovado código de posturas de Corumbá

Lei provincial nº 11 de 3 de julho de 1875, do governo de Mato Grosso aprova o Código das Posturas da vila de Santa Cruz de Corumbá, com 60 artigos.¹ Aplicada paulatinamente, somente em 1880, entram em vigor artigos entre o 30 e o 58, com normas gerais sobre atividades diversas na sede do município: "Art. 30. Aquele que possuir terreno dentro desta vila é obrigado a cercá-lo no prazo de seis meses, que será marcado por edital; e quando o não faça será lançado da propriedade, que devolverá para a câmara guardando as formalidades de direito. Art. 31 Todos os proprietários são obrigados a mandar calçar a frente de seus terrenos na largura de 1,5 metros. A calçada será feita, quando determinada pelo engenheiro ou fiscal, no prazo de 60 dias, sob pena de 20$ rs. de multa. Art. 32. É expressamente proibido lançar-se nas ruas e praças lixos e animais mortos, ou moribundos; bem como fazer estrumeira. Os animais mortos serão enterrados na parte exterior do trincheiramento desta vila.

Município declara guerra aos senegadores

No auge de seu desenvolvimento econômico, com os negócios a todo vapor em seu porto, que é o mais movimentado do Estado, no final do século XIX, a municipalidade de Corumbá volta sua atenção para a política fiscal urbana e anuncia um arrocho a ser aplicado no comércio da vila e da freguesia de Ladário. A notificação, em tom ameaçador, foi publicada nos jornais da cidade: FONTE : Jornal O Iniciador (Corumbá) em 23 de dezembro de 1880.

Corumbá decreta lei do cão

Em edital publicado em semanário local, em 1881, a Câmara Municipal de Corumbá passa a exigir a matrícula de todos os cães da cidade, determinando o uso de coleira nos animais. Pela matrícula, o dono do cão (ou da cadela) pagará 2$000 (dois mil réis). A norma, autorizada pelo código das posturas do município, é rigorosa ao decretar que o "infrator de qualquer destes artigos será punido com a multa de dez mil réis e na reincidência o dobro. FONTE: Jornal O Iniciador (Corumbá) em 7 de fevereiro de 1881.

Faragido mata juiz que o condenou

Vítima de atentado  à bala, ocorrido dois dias ant es, morre eu sua casa,  em 24 de abril de 1927, o juiz de Corumbá, Barnabé Gondim. O homicídio teve grande repercussão no Estado. Um dia antes de seu falecimento, o jornal A Cidade, de Corumbá, dá detalhes do atentado e da luta dos médicos para salvar  a vida do magistrado : Causou grande mágoa no seio da sociedade corumbaense, o atentado do qual foi vítima, anteontem (dia 21), o Exmo. Sr. Dr. Bernabé A. Gondim, estimado Juiz de Direito desta comarca. Eram 16 e meia horas, mais ou menos, daquele dia, quando o dr. Gondim, estando em sua residência, presencia a entrada ali de uma pessoa desconhecida que acabava de chegar de automóvel. Depois de algumas palavrar, tenta essa pessoa conduzi-lo apressadamente para o veículo com o intuito, certamente, de sequestra-lo ao que o M.M. juiz procurou resistir. Entrementes uma criança que presenciava os últimos momentos da contenda, foi-se assustada para o interior da cas